Ontem estava conversando com o seu Aramis Chain em sua livraria, e ele com toda sua sabedoria e simpatia me fez uma pergunta que era ao mesmo tempo uma sugestão. Ele disse: “Murillo, gostaria de te dar uma ideia de como começar o seu curso. Você pode até dizer assim: estava na Livraria do Chain e o seu Chain me perguntou: Tem como hipnotizar os senadores para que eles comecem a faze mais coisas por nós?”. Sinceramente, eu não esperava esta pergunta, e isto me remeteu a alguns princípios que comento no curso de Hipnose Clássica. Couè mencionou: “uma emoção mais forte sobrepõe uma emoção mais fraca”, e então eu o disse. Infelizmente, acho que não. Eles já estão hipnotizados por algo muito mais forte.

Esta conversa me fez escrever este artigo. Será que os políticos se utilizam de linguagem hipnótica? A resposta é sim. Mesmo que eles não saibam. A hipnose é apensa uma forma de linguagem para se obter o resultado que desejamos. Se me comunico eficazmente, com a forma de linguagem, o tom de voz, expressão corporal, linguagem artisticamente vaga, espelhamento, e outras técnicas, os resultados são ampliados em muito.

Técnicas como a indução por comando verbal utilizam o principio de falarmos de algum assunto específico em que a opinião seja quase universal, como exemplos: “a educação está precisando de mais incentivo”. “Ninguém mais consegue suportar a falta de segurança neste país”. Quando alguém fala em sequência coisas que concordamos e após umas quatro frases onde estamos de pleno acordo, nosso cérebro tende a acreditar que a quinta afirmação seja verdadeira. Então o político diz: “Eu sou a solução para seus problemas…” A tendência da maioria das pessoas é de aceitar inconscientemente esta sugestão.

Evidente que não podemos generalizar, existem políticos com boas intenções, talvez seja a minoria, mas existem. Porque eles não poderiam se utilizar desta linguagem e assim ultrapassar aqueles que se elegem em causa própria?

Fico então imaginando, e se todos nós soubéssemos disto? Que por trás de uma comunicação, de uma propaganda, de uma declaração, e de muitas outras coisas existe uma forma sútil de nos convencer a fazer algo. Será que votaríamos diferente? Será que consumiríamos de outra forma?

Enfim, cabe a cada um de nós decidirmos o nosso caminho!

Fique na Luz!

Murillo Cucatto

P.S. Agradeço ao seu Chain, que com seus 70 anos sempre me recebe como se me conhecesse desde que nasci. Ele recebe assim todas as pessoas que recebe, mesmo que não as conheça. Agradeço por suas perguntas. A cada dia me convenço que pessoas sábias, fazem pergunta que nos enriquecem. Que não precisam de muito tempo para te ensinar algo. Que sempre se colocam como amigos, sem mesmo te conhecer. Mais uma vez, OBRIGADO!